Vamos falar de nutrição e câncer?

Terminamos o outubro rosa e agora também, o novembro azul e tanto tem se falado em prevenção… Como dissociar prevenção de nutrição? Afinal, tem tudo a ver!

Outubro e novembro são dois meses marcados pela intensa campanha de conscientização para o câncer, de mama para mulheres e de próstata para homens. Porém o ano inteiro é tempo de informar-se e prevenir-se para as diversas formas da doença.

Existem diversos fatores de risco para o câncer, e o mesmo fator pode ser de risco para várias doenças – o tabagismo e a obesidade, por exemplo, são fatores de risco para diversos cânceres, além de doenças cardiovasculares e respiratórias.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer é a principal causa de óbitos no mundo, atingindo cerca de seis milhões de pessoas, representando 12% dos casos das mortes anualmente. A obesidade, assim como o câncer, classifica-se como as principais epidemias globais da atualidade e, é o segundo maior fator de risco evitável para o câncer, perdendo apenas para o tabagismo. E quando ambas se encontram num mesmo indivíduo, os efeitos são nocivos.

O desenvolvimento de várias das formas mais comuns de câncer resulta de uma interação entre fatores internos e externos, sendo o mais notável desses fatores a dieta e o estilo de vida. A alimentação inadequada é responsáveis por até 20% dos casos de câncer nos países em desenvolvimento, como o Brasil, e por aproximadamente 35% das mortes pela doença.Essas dietas são caracterizadas por um alto teor de gordura saturada, açúcares e um baixo aporte de verduras, frutas, legumes e cereais.

A ingestão de carnes processadas, como linguiças, salsichas, bacon, entre outras, também aumentam o risco de câncer. Além disso, o consumo frequente e excessivo de carne vermelha está diretamente associado ao risco aumentado para o desenvolvimento do câncer de cólon e reto, em ambos os gêneros. É aconselhável preferir a ingestão de carnes brancas tais como os peixes e aves como forma de prevenção.

O uso de carnes “muito passadas” ou com aspecto de queimado tem se mostrado outro fator de risco para o câncer de estômago e de esôfago. Já o uso de frituras tem sido relacionado ao câncer de laringe e do câncer de colo retal. O excesso de álcool está associado ao aumento do risco de diversos tipos de câncer, tais como o de boca, faringe, laringe, esôfago, fígado, mama e intestino, e este risco aumenta independentemente do tipo de bebida.

Outra forma de agressão para o organismo refere-se aos alimentos industrializados, principalmente os embutidos, pois possuem os nitritos e nitratos, substancias usadas como conservantes de alimentos, os quais são considerados agentes carcinogênicos. Alimentos submetidos à agrotóxicos também são fortemente carcinogênicos.

A alimentação adequada, variada e sem exageros combinada a exercícios físicos entre outros hábitos saudáveis, pode contribuir para uma saúde ideal e equilibrada. Algumas dicas valiosas são incluir vegetais, legumes e frutas variados diariamente, evitar industrializados, preferindo alimentos naturais e pouco modificados, evitar alimentos muito gordurosos e açucarados.

Ainda, recomenda-se utilizar mais carne branca do que vermelha, retirando a gordura aparente, e quando do uso de carne vermelha associá-la a uma boa ingestão de fibras (alimentos integrais, verduras, legumes, frutas) para auxiliar na digestão. Além disso, cuidar com o modo de preparo dos alimentos é imprescindível, evitando frituras, carnes muito assadas e preparações muito gordurosas. Outro cuidado necessário é com a quantidade dos alimentos, já que o excesso pode acumular-se em forma de gordura, o ideal é manter sempre um peso adequado à saúde.

Portanto, verifica-se que modificações na alimentação e no estilo de vida podem prevenir alguns tipos de câncer. Nenhum alimento por si só é capaz de proteger contra o câncer, entretanto, a combinação correta de determinados alimentos podem estimular o sistema imunológico a lutar contra a doença. Além de ter um efeito preventivo, a dieta pode representar importante papel no tratamento quando já diagnosticada a doença. Para mais informações procure um nutricionista. Cuide de seu corpo, pois é nele que você vive!

Matéria Retirada do Jornal Bom Dia, 11/12/2017.

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